sexta-feira, 12 de março de 2010

Think pink


O que mais me fascina nesta máquina velha não é a cor que escolhi para a transformar, é a maneira como ela começou a ser minha.
Feira da ladra, terça-feira cinzenta a ameaçar temporal, vendedores a ameaçar desertarem rapidamente e eu sem margem para fazer o número do negócio do "já cá passo". Quando me apaixonei por ela era suja, ferrugenta e beje. Correndo todos os riscos da ameaça de chuva ainda assim disse: "já cá passo!". Chuva torrencial, trovoada e mesmo assim, passado meia hora, depois de ter ido levantar dinheiro aos confins do mundo, passei lá. De filme: o senhor era talvez o único vendedor da feira que já tinha arrumado tudo mas que se encontrava debaixo de um pequeno chapeu de chuva com a máquina registadora aos seus pés. A trovejar, a chover torrencialmente, e sem ninguém por perto. Estava À minha espera. Achei encantador. Vale a pena pensar cor-de-rosa de vez em quando porque quando queremos muito as coisas acontecem.

4 comentários:

  1. O que guardas lá dentro? Uma fortuna? Quero uma destas para mim! Fazes-me?

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  2. Eu, que sou absolutamente fã do cor-de-rosa e acho que faz maravilhas pela alma, pelos dias, pela disposição, pela decoração, pelos pensamentos e tanto mais, não podia estar mais de acordo!!!

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